Imagina um gato assustado.
Nem conhece o dono. Os olhos cheios, em alvo, parecendo ver tudo e, afinal, não
estando a ver nada!... As orelhas espetadas parecendo ouvir melhor e, afinal,
não escutando nada senão… o Medo!...
Quieto (mas não… em sentido!). Garras a
espreitarem nas almofadinhas
(prontas a dilacerar qualquer coisa que se ponha à
frente!).
Assim, somos nós
perante os gritos (nós… os filhos… qualquer um do casal…
os da família…)
O GRITO é um sinal de
desespero – o desespero de quem grita.
Um sinal de mal-estar com os outros – o mal-estar
de quem grita.
Um sinal de forças quebradas (verdadeira fraqueza! – a fraqueza
de quem grita).
E o efeito nos outros é… Não escutar… para não sofrer mais.
Não
ver bem… para não entristecer. Calar… para ver se pára a loucura.
Mas todos
esses outros – que não gritam – sofrem. Muito. Em silêncio.
Por isso, quando o
teu vulcão interior te rebentar pela boca
e o fumo te sair pelas orelhas… Tenta
conter-te. Se começaste, pára!
Depois olha para os outros e vê bem. Têm tanto
de bom como tu.
A Felicidade está escondida num recanto de ti.
Usa-a.
Muito bom!
ResponderEliminarHá muitos anos vi um pequeno filme gíríssimo, infelizmente não me recordo dos nomes, mas recordo que a música tinha um papel importante no revelar das emoções e uma das personagens principais aprisonava os seus gritos dentro de garrafas. Mas, são saudáveis algusn dos gritos que aprisionamos dentro de nós??? É que a dada altura no filme com a pressão, como se de champanhe se tratasse os gritos engarrafados soltaram as rolhas. Porém adorei este texto.
ResponderEliminarOs gritos aprisionados só são saudáveis se soubermos dar-lhes um sentido. Conservá-los em paz interior, nunca em conformismo. Há coisas que estarão no nosso íntimo para sempre.
ResponderEliminarE há sentido para gritos aprisionados senão soltá-los?
ResponderEliminar